A pesquisa trata sobre o Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), anteriormente conhecido como Transtorno de Múltiplas Personalidades, tendo como o objetivo inicial informar aos leitores sobre a existência de um transtorno que é tão pouco debatido e ao mesmo tempo tão interessante que afeta uma pequena porcentagem da população mundial, explicando o seu funcionamento, surgimento, tratamento, a semelhança que possui com outros transtornos mentais, tais como o transtorno de bipolaridade e a psicose, e como diferi-lo destes. O segundo objetivo veio a partir da má expressão e representação do transtorno em personagens de filmes e livros de ficção, e todo os mitos sobre o transtorno que estas obras, mesmo que não representando a realidade, acabaram gerando; por isso o trabalho também apresenta a comparação da realidade com a ficção para que então possamos quebrar todos os mitos que foram criados sobre o transtorno e mostrar apenas a verdade á aqueles que não o conheciam. Para o conteúdo e resultados da pesquisa, foi realizada uma entrevista com uma profissional da área da psicologia, consultas feitas nos manuais de psicologia CID-10 e DSM-IV sobre transtornos mentais e comportamentais, além de pesquisas e anotações feitas dos livros e filmes citados no trabalho. Com tudo o que foi pesquisado conseguimos localizar com mais precisão os mitos representados sobre o Transtorno Dissociativo de Identidade nas obras comparadas, como no filme Fragmentado (2016) onde o personagem principal, Kevin, possui muitas personalidades agressivas, que tem o desejo de machucar a outras pessoas, ele também consegue fazer trocas voluntarias da personalidade no comando e estas conseguem comunicar-se entre si. Desconstruímos estes mitos sabendo que uma pessoa com este transtorno não é perigosa para ninguém além dela mesma, elas podem possuir uma identidade autodestrutiva, mas raramente uma que queiram machucar ou matar outra pessoa. Um indivíduo com transtorno não possui o controle de realizar uma troca de personalidades voluntária, as trocas podem acontecer em situações especificas, quando há alguma espécie de gatilho exterior que as influencie, mas não são forçadas a aparecer assim como também não possuem nenhuma outra ligação entre si além do corpo e dos traumas causadores do transtorno. Outros mitos foram encontrados e pesquisados ao decorrer da pesquisa, apontados e explicados, e embora o trabalho tenha sido centrado em explicar os erros das obras de ficção, também mencionamos os seus acertos e fomos atrás em entender qual o tratamento mais adequado para este tipo de transtorno. Ao término do trabalho foi possível concluir que as pessoas portadoras do Transtorno Dissociativo de Identidade não apresentam risco para as demais pessoas da sociedade, e, de fato, apenas põem em risco a sua própria saúde, uma vez, que possuam uma identidade autodestrutiva. Palavras-chave: TDI, Transtornos, Psicologia.