RESUMO A contaminação das águas é uma problemática bastante comum e técnicas de tratamento são essenciais para garantir segurança hídrica. No município de Camboriú (Santa Catarina), a falta de sistemas de esgotamento sanitário acarreta em descarte de efluentes domésticos nos córregos da região. Consequentemente, isso pode causar impactos econômicos, sociais e ambientais em toda a Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú. Este estudo teve como objetivo utilizar as macrófitas Hydrocotyle ranunculoides, Eichhornia crassipes, Sagittaria montevidensis e Typha domingensis para auxiliar no processo de autodepuração da água de um córrego contaminado por esgoto doméstico no IFC – Campus Camboriú. Primeiramente foi usada uma metodologia em sistema aberto, a fim de testar a adaptação das espécies no local de estudo e, segundamente, em sistema fechado, para analisar laboratorialmente as amostras tratadas pelas macrófitas aquáticas e assim comparar com os parâmetros da Resolução do CONAMA 357/2005. Os parâmetros físico-químicos avaliados consistiram em turbidez, oxigênio dissolvido (OD), sólidos totais dissolvidos (TDS), salinidade, dureza total, ferro, cor e pH. Além disso foi realizado ensaio de toxicidade aguda com o microcrustáceo de água-doce Daphnia magna para averiguar a toxicidade da água do córrego. As plantas que mais se adaptaram ao sistema aberto foram o chapéu-de-sapo (Hydrocotyle ranunculoides) e o aguapé de flecha (Sagittaria montevidensis), sendo aplicados ao sistema fechado e observando a sua eficiência no tratamento. O aguapé de flecha foi a planta que obteve maior êxito durante todo o processo, uma vez que foi capaz de aumentar o teor de OD da amostra e diminuir a quantidade de coliformes fecais em cerca de 98%. Portanto, a técnica desenvolvida durante a pesquisa se mostrou promissora e pode ser utilizada como um método de tratamento alternativo para cidades que ainda não possuem sistema de esgotamento sanitário. Palavras-chave: Macrófitas. Tratamento de esgoto. Rio Camboriú.