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O presente projeto aborda como tema a produção de um fertilizante obtido através do aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar, cuja pesquisa tem como base o Max G2 desenvolvido pela Universidade Estadual de Maringá. O mesmo tem como objetivo o reaproveitamento dos resíduos produzidos no processo de produção do etanol de segunda geração (EG2), ou seja, os remanescentes do bagaço da cana-de-açúcar que ainda não foram decompostos. O método do EG2 procura uma maior eficiência da produção desse biocombustível, que ocupa uma fatia de 17% do total dos combustíveis renováveis consumidos no Brasil. Além da produção de álcool de primeira geração, buscou-se aproveitar as sobras e subprodutos do processo com a produção de um biofertilizante, contribuindo ainda mais com o desenvolvimento sustentável, fechando o ciclo de forma mais eficiente e reduzindo o desperdício e a necessidade de utilizar grandes quantidades de fertilizantes químicos. Para tal finalidade, utilizou-se a técnica de compostagem (decomposição) de resíduos sólidos restantes do processamento do bioetanol de primeira geração (EG1). No entanto, o bagaço da cana-de-açúcar possui um alto teor carbono/nitrogênio, o que levou a uma grande quantidade de tempo para se decompor e iniciar a liberação dos elementos químicos. Portanto, para obter uma maior eficiência na velocidade dessa reação, foram utilizados os chamados microrganismos eficientes, que são fungos e bactérias responsáveis por várias funções na natureza, e que nesse caso atuaram na decomposição dos materiais, realizaram a disponibilização dos nutrientes às plantas e ainda garantiram o controle biológico sobre patógenos no solo. Nesse contexto, esses microrganismos foram coletados através de um experimento denominado ‘Coleta e Extração da Microbiota Eficiente’. A atividade envolveu a preparação de arroz e a distribuição em um recipiente no meio da mata por 10 a 14 dias, para que ocorresse a colonização do ambiente por esses organismos, seguida da separação e multiplicação por cerca de 30 a 40 dias. Após a coleta, eles foram armazenados em um galão, com adição do bagaço triturado resultante do processamento do etanol de primeira geração realizado anteriormente, dando início ao processo de compostagem. Assim, após esse período, os resíduos puderam ser utilizados como um fertilizante rico em nutrientes e matéria orgânica. Em seguida ao período de decomposição, o composto resultante será testado em um experimento com repolho, para avaliar sua efetividade com o crescimento e a produtividade da cultura. Além disso, foram realizadas também análises de solo para avaliar possíveis melhorias em sua qualidade, bem como futuramente, estudos da capacidade da cana-de-açúcar em comparação com os métodos tradicionais de fertilização. Com base nos resultados obtidos através de experimentos e observações, foi possível alcançar os objetivos propostos, bem como o reaproveitamento do subproduto da cana-de-açúcar, visto que o mesmo foi utilizado para diversas finalidades. Este resíduo, que muitas vezes seria descartado de forma inadequada, foi transformado em um composto benéfico. Esse processo melhora a fertilidade do solo, enriquecendo-o tanto na parte química quanto biológica, devido à sua composição rica em matéria orgânica, microrganismos eficientes e nutrientes essenciais como nitrogênio, fósforo e potássio. Esses elementos são cruciais para o solo e para as plantas, contribuindo assim para um mundo mais sustentável. Palavras-chave: microrganismos eficientes, sustentabilidade, reutilização.