A pesquisa procurou investigar se a incapacidade de tomar decisões pode ser considerada uma patologia, cujo o nome é Abulomania. O objetivo central do trabalho é entender como a indecisão se expressa nos indivíduos e os efeitos físicos e mentais que geram. Foi feita uma revisão teórica dos principais autores que falam a respeito das decisões. E a metodologia da pesquisa consistiu em: a) aplicação de questionários para uma investigação mais profunda e delineamento da expressão da incapacidade de tomar decisões no dia a dia de adolescentes de diferentes contextos sociais e b) experimentos para entender a relação entre a pressão do tempo, e o mindfulness com a tomada de decisões, para isso foram medidas a pressão arterial e a frequência cardíaca, a fim de analisar as respostas fisiológicas do corpo frente a indecisão. O questionário foi realizado com 153 adolescentes entre 13 a 17 anos e com perguntas fechadas. O experimento foi feito com 8 adolescentes e as perguntas eram abertas. Entre os resultados mais relevantes, tem-se que a maioria dos adolescentes que responderam ao questionário sentem indecisão constantemente. Dentre os sentimentos elencados, o que mais os representa durante a realização de escolhas é a ansiedade e o nervosismo. Quanto às estratégias que utilizavam a razão e as que utilizavam a emoção, percebeu-se uma preferência e valorização das estratégias racionais e evidenciou-se que a maioria dos estudantes possuem consciência da importância do processo de aprendizado e dos erros para uma maior eficácia em suas escolhas. Quanto ao experimento, obteve-se como resultados variações significativas na pressão arterial e na frequência cardíaca dos participantes no processo decisório. Não houve relação significativa entre aumento da pressão do tempo com a variação de batimentos cardíacos e da pressão arterial, e o mindfulness apresentou influência significativa apenas na pressão arterial. Também foi realizada uma análise estatística dos dados do experimento, através do qual pode-se entender que houveram variações significativas dos batimentos cardíacos e da pressão arterial dos participantes ao longo do experimento, através da comparação das medidas obtidas em cada questionamento com a média geral de variação. Conclui-se que não há uma indecisão generalizada, mas sim uma específica dependente de cada situação, pergunta proposta, e indivíduo analisado, de forma que um indivíduo não pode ser considerado indeciso, mas sim que está indeciso em determinada situação. A indecisão também parece estar relacionada com o estresse e a insegurança que envolvem o indivíduo em cada realidade. Como perspectiva busca-se propor uma possível futura intervenção neurocientífica para uma melhora da capacidade de tomar decisões. Palavras-chave: Abulomania; Patologia; Indecisão.