O projeto “Thermal Device – DISPOSITIVO ELETROELETRÔNICO PARA MINIMIZAÇÃO DE DORES OCASIONADAS PELA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO – FASE 2” tem por finalidade o desenvolvimento de um dispositivo que combina a termoterapia, crioterapia e eletroterapia para aliviar os sintomas da Síndrome do Túnel do Carpo (STC), uma das neuropatias compressivas mais comuns, que afeta o nervo mediano no túnel do carpo, causando dores como formigamento, queimação, dormência, fraqueza muscular, perda de função, etc, na região do pulso e da mão. A fase 1 do projeto envolveu pesquisas bibliográficas, aplicação de questionários para o público alvo, definição dos métodos fisioterapêuticos, escolha dos componentes e desenvolvimento do protótipo. O dispositivo utiliza uma pastilha peltier para gerar temperaturas que variam de 0 a 18,3°C para a crioterapia e até 35°C para a termoterapia, que funcionam através de uma programação cíclica de 15 minutos. Com a conclusão da fase 1, os resultados obtidos foram promissores, demonstrando que o circuito eletrônico e a programação funcionam como esperado, permitindo o alcance e a estabilidade das temperaturas desejadas de forma. A fase 2 do projeto envolve a integração da eletroterapia, especificamente a Neuroestimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS), que é um método eficaz para o alívio da dor. A TENS é uma das diversas técnicas utilizadas para a aplicação da eletroterapia. É uma forma amplamente reconhecida na fisioterapia para o alívio de dores crônicas e agudas, utilizando pulsos elétricos para estimular os nervos periféricos e, dessa forma, bloquear os sinais de dores que são enviados até o sistema nervoso central. A faixa de frequência utilizada para a aplicação da TENS varia de 100 a 160 Hz, tendo um foco no tratamento durante a fase aguda da síndrome, onde as dores são mais intensas e acontecem geralmente à noite por conta da retenção de líquidos e da forma como o punho fica posicionado durante o sono. A TENS funciona através de um oscilador que gera os sinais adequados para a eletroestimulação; em seguida os sinais passam por um circuito externo, composto por um transistor e transformador, para elevar os sinais para níveis adequados, para que os estímulos possam ser sentidos na pele através dos eletrodos de auto colagem que estarão no interior de uma luva de neoprene, sendo um material bom isolante térmico, enquanto as temperaturas com a termoterapia e crioterapia serão direcionadas ao pulso, local de onde a dor se origina. A termoterapia pode aumentar a circulação sanguínea e promover o relaxamento muscular, enquanto a TENS, agindo em conjunto, atua bloqueando os sinais de dor enviados ao cérebro. Essa combinação pode oferecer um alívio maior nas dores, abordando diferentes mecanismos de dor simultaneamente. Por outro lado, a crioterapia é conhecida por gerar uma perda de sensibilidade no local onde a temperatura está sendo aplicada, logo foi identificado que a melhor forma de usufruir o potencial máximo do dispositivo seria utilizar os métodos de forma intermitente. O principal resultado alcançado na fase 2 foi a integração da TENS na região da mão, a inserção de um circuito de proteção que garante a segurança do dispositivo durante o uso, além da otimização do funcionamento do display, mudanças no design e a adaptação para uma fonte de alimentação mais compacta, o que facilita o transporte e a usabilidade do dispositivo. A programação também foi ajustada para otimizar o desempenho geral do sistema, resultando em um protótipo mais eficiente em relação ao protótipo da fase 1. Os testes realizados indicam que o dispositivo opera conforme esperado, com melhorias significativas em termos de segurança e funcionalidade, tendo todos os seus objetivos atendidos de forma satisfatória.