A paraplegia é a deficiência física, causada por lesões na medula, que resulta na limitação dos movimentos dos membros inferiores. Ao nos depararmos que a ocorrência de novos casos de lesados medulares durante um ano é de 10 mil, a maioria causada por trauma e que esses pacientes necessitam da realização da fisioterapia, pois passam a maior parte do tempo sentados e não realizam nenhum estímulo, procuramos entender as necessidades na realização da fisioterapia deles e o que poderia ser melhorado. Uma posição muito utilizada na fisioterapia é o ortostatismo, que é a aptidão de ficar em pé, pois auxilia na prevenção de úlceras de pressão e doenças cardiovasculares e respiratórias. Outro aspecto de extrema importância é o treino de simulação de marcha, que pode ser realizado através do movimento elíptico, movimento que realizamos ao andar de bicicleta, que é um importante movimento para a prevenção de doenças e melhora na autoestima. Para pacientes com a falta ou perda desta habilidade, com doenças neuromusculares ou paralisias, estes movimentos se tornam uma ferramenta importante para o tratamento pois traz benefícios para o sistema fisiológico, biomecânico, psicológico e social, além de auxiliar no equilíbrio, coordenação motora, e no fortalecimento de membros superiores e inferiores. O presente projeto tem como objetivo principal a compreensão das necessidades da fisioterapia de um paciente com paraplegia, visando a prevenção e diminuição dos sintomas de doenças oriundas da ausência do ortostatismo através de um dispositivo que auxilie nestes aspectos e permita a mobilidade. Para isso, realizou-se o dimensionamento do dispositivo através do software Autodesk Fusion 360, obtendo a projeção do mesmo com o sistema de transmissão de movimentos por polias, onde o paciente realizará o movimento no manípulo e transmitirá para os pés, realizando a simulação de caminhada elíptica. Além disso, o dispositivo contará com uma estrutura metálica, que sustentará o peso do paciente, o mesmo utilizará cadeirinha de segurança e fitas de segurança, ambas para trabalho em altura. Para que o Therapy Walk auxilie também na mobilidade do paciente, encontramos um projeto realizado na Fundação Liberato, chamado Ortofisio. Iremos utilizar o sistema de mobilidade do mesmo, que é composto por dois motores elétricos, alimentados por uma bateria de 12v e comandados por uma placa Arduino, que receberá as informações de um encoder e um potenciômetro, que serão posicionados na parte inferior da base do dispositivo e receberão os sinais do movimento do manípulo, conforme descrito no projeto Ortofisio, referenciado neste relatório. Para concluir os objetivos de forma total, será necessário a realização do dispositivo físico, que é o nosso próximo passo. Por ora, é possível concluir que pessoas paraplégicas, de até 90 kg, que possuem coordenação motora nos braços podem utilizar o dispositivo para auxílio fisioterapêutico, com acompanhamento de um profissional.