Segundo o IBGE 45 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência e 7 a cada 100 brasileiros possui algum tipo de dificuldade motora. Uma pesquisa desenvolvida pelo O Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Paradesporto da Universidade Federal de Lavras (UFLA) aponta o poder que as práticas esportivas e recreativas têm de transformar a vida de crianças com deficiência, seja ela qual for. Entre elas, a natação é uma das mais completas para o indivíduo que a pratica, pois ajuda no desenvolvimento da coordenação, do condicionamento aeróbico e contribui para o processo de reabilitação pela melhoria da capacidade respiratória, da oxigenação, do fortalecimento muscular e da independência dos praticantes, conforme Pereira e Garcez (2010). Uma reportagem recente da NSC TV sobre as paraolimpíadas, mostrou diversas crianças que se inspiraram em nadadores com alguma deficiência motora e desejavam praticar o esporte, porém o medo por não saberem lidar com aquele meio aquático e pela falta de suporte adequado, era recorrente e um importante fator limitante. Soma-se a esse medo, a falta de locais acessíveis e de equipamentos especializados para tornar essa prática uma realidade. As limitações físicas, nem sempre inviabilizam a prática da natação e prova disso são os nossos atletas que brilharam nas paraolimpíadas do Rio (2016) e de Tóquio (2020/2021). Porém, trazem sim dificuldades, muitas vezes não transpostas sem apoio especializado ou uso de equipamentos adaptados, o que afasta da prática muitos que poderiam se beneficiar dela. Assim, o objetivo do projeto Swing & Swim é facilitar a vida de crianças que querem começar a praticar natação, trazendo a elas acessibilidade, maior conforto e segurança e tornando o processo mais prazeroso e divertido, de modo a incentivá-las a seguir e evoluir no esporte. Para isso, será realizada a proposição de um protótipo que sirva de suporte à prática. Isso será buscado através da proposição de um equipamento que consiste na adaptação de uma prancha de bodyboard, onde a criança fique deitada de frente (fixada por meio de alças de segurança que evitam sua queda do equipamento), com a possibilidade de balançar o corpo para os lados, transformando esses movimentos em propulsão para frente. Para isso serão estudadas duas possibilidades: o uso de eletrônica, com propulsão por motores DC e detecção de movimentos laterais com sensores (chaves de fim de curso), devidamente isolados, o uso de mecânica com bolsas de ar infláveis localizados nas laterais com propulsão através da expulsão de ar ou água com o pressionamento das mesmas com o corpo do usuário. Para concretizar e viabilizar o projeto, parcerias já foram concretizadas (com profissional de fisioterapia infantil, com fornecedora de material esportivo, com universidade para auxílio à inclusão da pesquisa na Plataforma Brasil e academia para cessão gratuita de piscina para os testes) garantindo apoio financeiro, técnico e a infraestrutura necessária. A análise dos dados qualitativos foi imaginada com utilização da técnica de transcrição de todos os relatos e a identificação (dentro dos discursos) de palavras-chave, ajudando a classificá-los como positivos, negativos ou neutros (fundamentando a narrativa das análises e conclusões). Já a análise dos dados quantitativos, terá por estratégia a validação de requisitos mínimos (previamente imaginados), como um checklist de parâmetros desejados (hoje) e dos resultados efetivamente alcançados no futuro. Assim, apesar de ser um projeto recente (apenas 3 meses), o Swing & Swim pretende colaborar efetivamente com a inserção dessas crianças na prática da natação e provendo a elas seus diretos básicos garantidos pela constituição, aplicando a tecnologia e o conhecimento para trazer impactos reais à sociedade.