As cápsulas plásticas geralmente não são reaproveitadas. Embora sejam de material puro, rígido e com propriedades interessantes, esses produtos são geralmente descartados de maneira incorreta, tornando-se apenas mais um polímero entre os muitos que não são reciclados. Assim sendo, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo principal de reciclar e reutilizar cápsulas plásticas de café, transformando-as em matéria-prima para produtos de instalações elétricas, nas quais diversos polímeros são utilizados para fazer a proteção de equipamentos elétricos. Assim, as cápsulas foram submetidas a um processo de reciclagem mecânica para mudar seu formato original. As partes constituintes de polímero – 100% Polipropileno –, foram trituradas em um moinho de facas, resultando em grânulos. Em seguida, este plástico triturado foi prensado, em uma prensa hidráulica, e outra parte foi injetada em uma injetora, para reestruturá-lo, resultando, assim, em corpos de prova e chapas planas de 3mm de espessura para testes de caracterização e usinagem do protótipo. Desse modo, as amostras foram submetidas a ensaios de corpo de prova, como impacto, tração e resistividade elétrica. Já é do conhecimento científico que o polipropileno serve de isolante elétrico, por possuir uma rigidez dielétrica elevada (140kV/mm). Projeta-se, como perspectiva de conclusão deste trabalho, que o corpo de prova resultante de todos os processos mecânicos e elétricos descritos, sejam capazes de suportar e atender as normas adequadas de proteção de dispositivos elétricos -como por exemplo a NBR 6527, voltada para interruptores e a norma NBR 60884-1, voltada para tomadas. Acredita-se que após as análises de comparação será possível garantir os resultados adequados para que o material, submetido nos referidos testes – impacto, tração e resistividade elétrica-, sirva como isolante a esses dispositivos, respeitando as suas respectivas normas. Palavras-chave: Cápsulas de café. Polímeros isolantes. Reciclagem. Instalações elétricas.