Os problemas ambientais são motivo de preocupação em todas as áreas do conhecimento. Poluição, descarte e degradação fazem parte do vocabulário e do cotidiano da vida contemporânea. Os sistemas de fabricação, reciclagem e índice de poluição gerada por indústrias estão em constante debate em todo o mundo, pela busca de alternativas que venham solucionar esses problemas. A quantidade de descarte de materiais não degradáveis no meio ambiente aumentou progressivamente, e as embalagens de produtos constituem uma boa parte desse problema, principalmente devido ao descarte inapropriado. Nesse contexto o presente trabalho tem por objetivo extrair nanocristais (Poli ácido lático) de celulose do pecíolo do buriti com potencial para a produção tecnológico de design sustentável. Para extração do pó do pecíolo do buriti, utilizou-se o material seco que foi cortado em pequenos cubos e colocado de molho em água corrente por vinte quatro horas. Após este tempo o material foi filtrada e lavada com água destilada, este procedimento foi repetido até a neutralização do filtrado e transformado e fibra de celulose (pó). Na sequência realizou-se o branqueamento do poli ácido lático (pó) utilizando elementos químicos de uso doméstico, caracterizou-se a cor do aspecto visual em microscópio eletrônico e avaliou-se o grau de absorção de água do pó e da espuma. Caracterizou-se a morfologia e propriedades térmicas do poli ácido lático do pecíolo do buriti via processos químicos na oxidação do peróxido de hidrogênio, pecarbonato de sódio (Alvejante), ammoniumpersulfato (Descolorante rápido em pó), tensoativo aniônico e tersoativo aniônico (Tira mancha). Para a extração de nanocristais as amostras de poli ácido lático puro e compósitos biobaseados foram submetidas a aquecimento a partir da temperatura ambiente até 200º. Em seguida as amostras foram resfriadas até uma temperatura de aproximadamente -20º C, o material foi visualizado em microscópico eletrônico e feixe de luz descarregado por lazer. Fez-se as análises comparativa entre a fibra do buriti e fibra de vidro, chegou-se os seguintes resultados: a fibra do buriti é renovável; reciclável; biodegradável. A partir desses resultados foram gerados diferentes protótipos de biodesign, por cozimento e por termoformagem. Após esta etapa foram realizados ensaios mecânicos por inspeção visual e por tração dos biocompósitos e biodesign, onde o biodesign por cozimento apresentou na sua estrutura 10% de falhas e o termo formato apenas 3%, inferior ao modelo indústria que foi de 6% e avaliou o resultado de biodegradação em solo e água, em solo o material se degradou após a 12° semana, já em água na 8° semana. Além disso, os resultados mostraram que a extração de poli ácido lático e nanocristais de celulose do pecíolo de buriti, tem potencial para o desenvolvimento de nanocompósitos biobaseados para aplicação em design inovador ambientalmente correto. Portanto, o designer a tecnologia e uso em materiais possibilita gerar novas opções e usos de fibras, agregando maior importância no processo da sustentabilidade, colaborando com o meio ambiente e explorando melhor as alternativas de uso de um determinado material. Palavras Chave: Pecíolo de buriti. Nanocristais. Design biodegradável