Ao analisar a quantidade de resíduos gerados pela indústria vitivinícola, ficou evidente sua grande quantidade, tendo o equivalente a 210 mil toneladas de resíduo por ano. O bagaço, que é o principal resíduo gerado dessa produção, sendo cerca de 54% dos resíduos, ainda não possui uma finalidade nobre. Portanto, o trabalho tem como objetivo extrair nanocristais de celulose a partir do bagaço de uvas para a aplicação como agente de reforço em nanocompósitos poliméricos utilizando carboximetilcelulose (CMC) como matriz, bem como o objetivo específico de incorporar apenas a celulose em filmes de CMC para comparar as características dos filmes de celulose e os filmes de nanocristais de celulose. Tendo em vista que os bioplásticos possuem propriedades mecânicas inferiores aos plásticos convencionais, o projeto visa analisar o material obtido quanto à resistência, à temperatura inicial de degradação térmica e propriedade de barreira à água. Baseado no objetivo descrito, até o presente momento se obteve sucesso na extração da celulose, como também os filmes de CMC com a incorporação da celulose já foram produzidos, sendo possível concluir que a incorporação é viável para mais do que uma aplicação do produto final, uma vez que um dos nanocompósitos de celulose obtidos, produzido com 0,1 gramas de celulose, adquiriu características semelhantes a um plástico filme usual. Em comparação, o outro nanocompósito obtido, produzido com 1,0 grama de celulose, se tornou mais rígido, tornando-se uma embalagem totalmente biodegradável. Dado que os nanocristais de celulose estão no processo final da extração, os próximos passos do projeto envolvem os testes dos nanocristais para a aplicação nos filmes de CMC, como também os testes e análises para comparação entre os nanocompósitos poliméricos obtidos. Palavras-chave: Bagaço; nanocristais de celulose; nanocompósitos poliméricos.