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Dentre os biomateriais, se destacam os dispositivos biomédicos, no qual entram em contato com sistemas biológicos e são inseridos em uma gama de aplicações, e com a busca pelo desenvolvimento sustentável, procuram materiais biodegradáveis para viabilizar o processo. O objetivo do trabalho visa sintetizar um composto que envolva a celulose bacteriana, quitosana e nanopartículas de prata, de modo sustentável e baixo custo, onde detenham característica antimicrobiana e degradabilidade no meio-ambiente para aplicações biomédicas (principalmente ferida crônica). No teste de degradabilidade, as amostras do compósito com Celulose Bacteriana (CB) e Celulose Vegetal (CV) com aproximadamente 1x1cm foram imersas em Solução Salina Tamponada com Fosfato (PBS) com pH de 7.2 levadas à estufa a 25ºC, nos intervalos de 1h, 4h, 48h, 72h, pesando-se as massas secas e as massas após a imersão. Já no teste antimicrobiano, as placas foram preparadas com Ágar Mueller Hinton, vertidas com as bactérias Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa e inoculadas pela técnica de espalhamento de superfície, onde posteriormente foram adicionados discos dos compósitos com cerca de 6mm. Para o controle positivo utilizou-se o antibiótico cloranfenicol e para o negativo, a quitosana. Os resultados do teste de degradabilidade mostraram a degradação de ambos os materiais nos tempos indicados com similaridade e em 48h houve mais de 40% de degradação. No teste antimicrobiano houve inibição na bactéria Staphylococcus aureus mostrando o compósito com CB parecida com a CV em 48h e na bactéria Pseudomonas aeruginosa também ocorreu inibição, porém a CB se mostrou menor que a CV. Os resultados obtidos para o composto de celulose bacteriana, quitosana e nanopartícula de prata, e para o de celulose vegetal, quitosana e nanopartícula de prata, se mostraram semelhantes, indicando que a CB pode ser uma alternativa para substituição de celulose de origem vegetal. Além disso, os resultados evidenciam a propriedade de degradação do compósito com celulose bacteriana, o qual se mostrou positivo, perspectiva importante para o aspecto sustentável do composto. Ao salientar a atividade antimicrobiana (propriedade que se sobressai a curativos comuns), evidenciaram que, ao mostrar sua capacidade de anti proliferação dos patógenos, podem diminuir o risco de contaminação de feridas por bactérias em ambientes hospitalares, promovendo a melhor cicatrização do tecido. Portanto, para o tratamento de feridas crônicas poderá ter resultados promissores na redução de tempo de cicatrização, redução da exposição do paciente a complicações como infecções sistêmicas e sequelas pós-tratamento. Palavras – chave: celulose bacteriana, curativos, feridas crônicas