O presente projeto é o desenvolvimento de um protótipo composto de um software e hardware para auxílio no aprendizado da área de ondas cerebrais para o uso em uma construção de uma prótese por meio de uma interface cérebro máquina (ICM) não invasiva. ICM é um sistema que utiliza sinais elétricos do cérebro e, através de um computador, proporciona um sinal de saída para controle de dispositivos externos. Por exemplo, movimentação de cursores em telas ou de braços mecânicos. O número de deficientes físicos no Brasil aumenta a cada dia, hoje, de acordo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Segundo pesquisa de CONCEIÇÃO et. al 72% das pessoas paraplégicas estudadas tem algum sintoma de depressão sendo que 36,8% apresentaram depressão moderada a grave. Porém com o avanço da tecnologia há uma maior possibilidade da construção de aparelhos que possam auxiliar na reabilitação de pessoas paraplégicas ou com doenças mentais, tais como esclerose lateral e pessoas cujo os neurônios motores se degeneram causando paralisia parcial ou total dos membros. O objetivo do Brain Walk é desenvolver um sistema de baixo custo utilizando uma interface cérebro máquina para provar a capacidade da utilização de sinais biomédicos para a movimentação de uma prótese. A proposta consistiu basicamente na integração de duas etapas: captação e reconhecimento de sinais advindos do cérebro do usuário e padronização desses sinais para utilização. A metodologia demandou extensa pesquisa bibliográfica sobre a fisiologia cerebral e materiais para construção do dispositivo e programação do software. Para a captação da atividade cerebral foi utilizada técnicas de eletroencefalografia (EEG) a partir do kit de desenvolvimento ADS1299EEG-FE e com o devido posicionamento de eletrodos no sistema internacional 10-20. Para se adquirir sinais biomédicos são necessários alguns requisitos. É preciso por exemplo, que as frequências produzidas pelo cérebro não sejam alteradas, e apenas amplificada a tensão de entrada delas. Para tal requisito, deve-se atentar às possíveis distorções vindas da rede elétrica. Para o reconhecimento e padronização foi proposto um software de fácil entendimento e utilização. O programa recebe sinais analógicos convertidos em digitais e já devidamente amplificados com correção de ruídos. E, então, irá exportar os sinais obtidos para um banco de dados para entendimento e uso. O usuário se quiser, pode importar os mesmos no formato de um relatório. O programa foi desenvolvido em linguagem Python e para armazenamento foi usado o sistema de gerenciamento MySQL. Portanto, o Brain Walk se baseia em um conjunto de hardware e software em um sistema que facilite a integração e controle de uma prótese. Palavras-chave: paraplegia. neurociência. Interface cérebro máquina.