A identificação de compostos bioativos em frutos do cerrado é de extrema importância para a utilização de substâncias naturais com potenciais medicinais. Da mesma forma, as avaliações de perfis de atividade antioxidante fazem parte dos processos iniciais da exploração de extratos de plantas regionais, sendo incluídos nos parâmetros de eficácia e segurança. Os frutos do cerrado têm se destacado por seus excelentes potenciais terapêuticos em diversos ensaios experimentais. Dentro desse contexto encontra-se o tucum do cerrado, um fruto oriundo de uma palmeira (Astrocaryum vulgare), amplamente utilizado na região do cerrado brasileiro para a fabricação de diferentes alimentos ou para o consumo in natura. Estudos demonstram a presença de uma grande quantidade de carotenoides na polpa do fruto. No entanto, o fruto carece de informações relacionadas às propriedades antioxidantes e à presença de outros constituintes químicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os extratos etanólicos da polpa do Astrocaryum vulgare Mart. quanto à presença de compostos bioativos e atividade antioxidante para ser utilizado no processo farmacoterapico. Assim, iniciou-se os experimentos com caracterização física do fruto analisando peso (23.10 g), comprimento (38,50mm), diâmetro (32,23mm), mesocarpo ( 26%), epicarpo (28,40%) e endocarpo ( 45,60%). A identificação de compostos bioativos e de polifenóis totais foram através das análises físico química da polpa inatura e beneficiada, em ensaios laboratoriais para comprovação terapêutica. Os resultados demonstraram a presença de uma grande quantidade de polifenóis na polpa (663,9 mg/100g) do fruto. Além disso, foi verificada a presença de compostos bioativos importantes, como flavonoides 40,6 mg/100g, taninos 6,4 mg/100g e alcaloides 0,7 mg/100g. Dentre os compostos identificados estavam beta-carotenoe vitamina A. Nas propriedades fisico química da polpa inatura e beneficiada foram encontradas respectivamente proteínas (3,54% e 7,70%), lipídeos (30,56% e 23, 49%) fibra bruta (11,93% e 19,673%) e carboidratos (7,54% e 37,14%). Os extratos apresentaram alta atividade antioxidante, com valores de correspondentes a 8,98 µg/ml (polpa inatura) e 11,24 µg/ml (polpa beneficiada). No entanto, em concentrações superiores a 100 µg/mL, ambos os extratos apresentaram efeitos citotóxicos. Os resultados sugerem que os extratos da polpa inqtura e beneficiada do tucum apresentam alta atividade antioxidante, com a presença de compostos bioativos que demonstram excelentes potenciais para ser usado na farmacoterapia. Palavras Chave: Compostos bioativos; Atividade antioxidante; Potenciais medicinais.