O Aedes aegypti é o vetor da dengue, chikungunya, febre amarela e zika, sendo que as mesmas constituem um dos maiores problemas mundiais. A única forma eficaz de combatê-las é erradicando o seu transmissor, visto que são utilizados inseticidas que provocam a contaminação do meio ambiente e doenças na população. Outro problema encontrado atualmente é o descarte de resíduos. Entre eles, as cascas de café, as escamas da tilápia e as cascas de uva, provindas de seu beneficiamento, as quais, ao serem descartadas, provocam contaminação ambiental. Frente a isso, resolveu-se testar produtos naturais que pudessem combater o mosquito. O objetivo deste trabalho é avaliar o potencial larvicida, pupicida, ovicida e efeito letal de resíduos agroindustriais frente ao Aedes aegypti. A produção das soluções inseticidas foi realizada a partir de extratos alcoólicos a 99,8%, os quais foram rotaevaporados e aplicadas em diferentes concentrações, variando de 25 a 40 mL/L. Os bioensaios foram proferidos seguindo a metodologia descrita pela Organização Mundial de Saúde (O.M.S), com algumas adaptações. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo Teste de Tukey (p<0,05). Assim como, realizou-se a Análise Probit para determinar os valores de concentração letal (CL99). Conclui-se que as soluções feitas a partir das cascas de café, das escamas de tilápia e das cascas de uva possuem efeito inseticida rápido perante os ovos, larvas e pupas do Aedes aegypti, eliminando as fases de desenvolvimento citadas em um curto período de tempo. Além disso, as soluções não apresentam fitotoxicidade, foram bem aceitas pela população e possuem efeito residual longo, reduzindo o número de aplicações necessárias. Desse modo, diminui-se o número de arboviroses causadas pelo inseto, bem como evita-se a contaminação do meio ambiente e doenças provocadas pelos inseticidas sintéticos, agregando valor social, ambiental e científico ao presente estudo. Palavras-chave: Inseticidas. Contaminação Ambiental. Doenças