Este projeto propõe a criação de um modelo/protótipo de abrigo com implementação térmica destinado a pessoas em situação de rua. O objetivo do protótipo é fornecer calor para essas pessoas em condições extremas, utilizando um revestimento de material de isolamento térmico. Além disso, o artigo visa aprimorar materiais previamente estudados para garantir resistência ao desgaste e praticidade, sendo relativamente leve e dobrável. Em condições climáticas frias ou estáveis, o abrigo visa promover o bem-estar do indivíduo. Considerando a diversidade de abrigos existentes, a meta é desenvolver um protótipo que possa se adaptar a diversas situações, seja de fácil acesso e, principalmente, funcional para atender às necessidades dessas pessoas. Este projeto teve seu início com um levantamento de dados sobre materiais térmicos onde analisou diferentes materiais de usabilidade variada. Entre eles, os dois principais e com maior viabilidade eram a espuma flexível de poliuretano, estudada no projeto passado, e a lã de PET, com sua pesquisa iniciada esse ano. Após a definição do material isolante, focou-se na escolha do tipo de protótipo. Após discussões, concluiu-se que o modelo mais adequado seria uma estrutura de base fixa no solo, com ancoragens nas extremidades para a fixação de espaguetes flutuadores de piscina, proporcionando um design de fácil compreensão. Para o dimensionamento do protótipo, foram utilizadas medidas padrão de colchões, com uma variação adicional para proporcionar maior conforto. A altura foi determinada com base no comprimento dos espaguetes, variando entre 1,2 e 1,6 metros. Assim o grupo chegou em 1,9 metros de comprimento, 0,8 metros de largura e 0,55 metros de altura. Para o confeccionamento dos engates, o grupo optou por ser impresso nas impressoras 3D da Fundação Liberato. Com o conceito do abrigo definido, a modelagem dos encaixes nas extremidades e no espaguete foi a etapa seguinte, utilizando o software Inventor da Autodesk, priorizando um sistema de engate rápido e de fácil compreensão. A fabricação da base foi realizada com o objetivo de proporcionar o máximo de conforto possível dentro do abrigo. Com isso em mente, optou-se por revestir uma manta de lã de PET com uma camada de lona de toldo, criando uma espécie de colchão com propriedades térmicas e uma espessura de 5 centímetros. Como ilustrado na Figura 5, a base finalizada apresenta 1,9 metros de comprimento, 0,8 metros de largura e 5 centímetros de espessura, respeitando o planejamento inicial. Seguindo o planejamento, foi desenvolvida outro tipo de lona plástica de 150 micras, mais leve, porém menos resistente, que envolverá o abrigo, proporcionando conforto e permitindo que a manta térmica cumpra seu propósito de isolamento. Com essa finalidade em mente, a lona foi arquitetada com base no desenho do abrigo já montado, o que facilita tanto a montagem quanto o encaixe, garantindo que a estrutura permaneça firme no solo. Todos os objetivos foram concluídos, porém nas discussões com os orientadores foram identificados alguns pontos a serem ajustados. O volume dos componentes pode dificultar o transporte do abrigo, e, embora a montagem e desmontagem sejam simples, a multiplicidade de peças pode ser um problema em caso de perda de componentes. A durabilidade do protótipo é garantida pelos materiais robustos e de fácil manutenção. A universalização dos componentes utilizados no projeto se mostrou um fator crucial para sua aceitação e eficácia. A utilização de materiais amplamente disponíveis, como lonas, diferentes tipos de materiais térmicos e estruturas de sustentação simples, não só reduziria como também aumentaria a acessibilidade para iniciativas de caridade e governos locais. No entanto, o estudo também identificou desafios, como a durabilidade dos materiais em uso prolongado e a necessidade de ajustes para melhorar o seu deslocamento. Palavras-Chaves: Abrigo; Implementação térmica; Pessoas em Situação de rua.