Este estudo apresenta uma pesquisa envolvendo o uso da tecnologia asssistiva em conjunto com a engenharia mecânica cujo intuito é auxiliar crianças com atrofia muscular espinhal (AME) de tipo 1 na sua fisioterapia e desenvolvimento da marcha humana. A doença se trata de uma enfermidade neuromuscular que tem como principal característica a degeneração e perda de neurônios motores da medula espinhal e do tronco cerebral, o que acaba gerando sérios problemas musculares, como atrofia e fraqueza dos mesmos. Isso acaba por interromper o desenvolvimento da criança, deixando-a totalmente dependente de seus responsáveis e, na maioria dos casos, sujeita ao uso diário de aparelhos de respiração, alimentação, entre outros. Segundo o Centro de genomas Eurofins Clinical Diagnostics (s.d), ela é fomentada por meio de uma falha genética do gene SMN1 herdado de um dos progenitores. Esse gene é responsável por codificar a proteína responsável pela sobrevivência dos neurônios motores, impedindo a transmissão de sinais provenientes do cérebro para os músculos esqueléticos. Essa irregularidade geralmente é encontrada no exon 7, sendo este o causador de 95% dos casos. A AME é subdivida em quatro tipos, sendo esses classificados pela idade com que a enfermidade começa a dar sintomas no paciente e pela máxima função motora adquirida por este. O enfoque do presente estudo se deu através do tipo 1, ao qual os indivíduos apresentam idade entre 0 e 24 meses e certos problemas no sistema respiratório, cardiovascular, e deficiência locomotora. Desta maneira, tem-se como objetivo projetar um dispositivo capaz de auxiliar pacientes com AME de tipo 1 no desenvolvimento da marcha humana e em sua evolução fisioterapêutica. O estudo desenvolveu-se em três fases, sendo estas pesquisas bibliográficas, modelagem do equipamento e entrevista com uma fisioterapeuta especialista em neurologia, abrangendo nesta o estudo sobre a patologia e possíveis adequações do aparelho à sessões de fisioterapia, de modo que todas as necessidades verificadas fossem comportadas no AME WALKING – nome escolhido com o propósito de ressaltar a patologia a qual o dispositivo se destina. Por fim, concluímos que os objetivos propostos foram alcançados, tendo em vista que o protótipo virtual tem a probabilidade de tanto auxiliar o indivíduo no que diz respeito ao quesito fisioterapêutico, quanto proporcionar uma melhor qualidade de vida e interação social a ele enquanto utiliza do dispositivo. Probabilidade essa que pretende ser testada pelo grupo futuramente através de um estudo de caso realizado com uma criança com Atrofia Muscular Espinhal de tipo 1.