Este trabalho tem como tema a percepção da invisibilidade e da relação de subalternidade das funcionárias de limpeza de três colégios privados de Lorena, Cruzeiro e Guaratinguetá do estado de São Paulo. Deste modo, este projeto tem como objetivos apontar a relação entre os alunos e as funcionárias de limpeza, e como o gênero, etnia e classe social agravam as relações de subalternidade existentes no contexto da realidade das faxineiras, além de caracterizar o perfil socioeconômico e como isso se associa à invisibilidade delas. A metodologia foi realizada de forma quantitativa, sendo aplicados questionários, de forma anônima, aos alunos do Ensino Médio, e qualitativa, na qual foram realizadas entrevistas às funcionárias de limpeza também do Ensino Médio. A análise dos dados coletados confirmou a hipótese deste estudo, de que as funcionárias da limpeza das escolas são invisibilizadas e ocasionalmente são alvos de exploração por meio dos alunos e alvo de preconceito pelos mesmos. Não existe trabalho sequer que venha suprir todas as análises possíveis, ou seja, uma pesquisa como a concluída aqui é apenas o primeiro passo para proporções reais e com maior amplitude, para novas comparações (colégios privados x públicos, por exemplo), entre outros. Ninguém pode afirmar que é desprovido de qualquer vestígio e aparência de preconceito (o que assim diz, já o pratica). O grupo, ao pesquisar e ouvir mulheres batalhadoras resumidas à “tias da limpeza” pode desconstruir em si estigmas enraizados na sociedade e, assim, deseja que todos os que tiverem acesso a este trabalho se conscientizem e valorizem aquelas que sempre estão ali, mas são pouco vistas e protagonizadas.