Segundo o dicionário de Oxford, a palavra estatística é definida como um ramo matemático que trata da coleta, análise, interpretação e apresentação de massas e dados numéricos. Tal termo é usualmente utilizado, entretanto, em razão da pandemia causada pelo Covid-19, esse vocábulo fez-se não apenas presente, mas necessário, uma vez que deve-se quantificar óbitos e contaminações, por exemplo. Porém, a doença e o período de isolamento social não foram os únicos responsáveis pelo emprego de tal vocábulo, os extremos casos registrados de violência contra a mulher no Brasil, questão prioritária de saúde pública no país, também foram vetores.  De acordo com a Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano, sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado. Desde o início da década de 70, tais crimes têm recebido crescente atenção e mobilização e sabe-se que o problema abrange diferentes manifestações, como assassinatos, estupros, agressões físicas ou sexuais, abusos emocionais, prostituição forçada, mutilação genital, violência racial ou até opção sexual. A partir disso, o objetivo do presente trabalho, que tem como tema a violência contra a mulher em Novo Hamburgo e pode ser classificado como pesquisa básica, é esclarecer como ocorre o processo da violência sofrida pelo sexo feminino em tal região e se as ocorrências estão mais ou menos intensas. Objetivou-se também identificar quais os tipos de agressão ocorridas, analisar os dados a respeito do aumento desse crime durante o período de distanciamento social pela pandemia de Covid-19, reconhecer os danos causados as vítimas após o período de brutalidade e desenvolver um meio de comunicação para informar as pessoas a respeito de tal temática. Para tanto, foram analisadas diversas fontes bibliográficas, como artigos científicos e notícias de jornais locais, todas previamente checadas e embasadas em índices oficiais e relatos de mulheres que já sofreram algum tipo de agressão. Além disso, foram feitas saídas de campo até a instituição VIVA Mulher, localizadas no município de Novo Hamburgo. Até o presente momento, concluísse que os dados encontrados sofreram considerável aumento com o passar de cada ano e que as medidas criadas para a proteção do sexo feminino não são eficazes, o que inibe as penalidades contra os agressores e torna as vítimas ainda mais desprotegidas. PALAVRAS CHAVE: MULHERES, AGRESSÃO, VIOLÊNCIA