Desde a Revolução Industrial houve um aumento na emissão de CO2, em grande parte causado pelas atividades dos homens, o que, consequentemente, provoca um aumento na temperatura do planeta. No Brasil, essa variação pode estar gerando graves consequências, como o excesso de chuvas na região Sul do país e com ondas de calor extremo ao longo de toda a extensão territorial, causando um inverno atípico. Em relação à temperatura média global, Julho de 2023 é o mês mais quente já registrado na história, conforme a Organização Meteorológica Mundial (OMM), causando ondas de calor em países do Hemisfério Norte, temperaturas bem acima da média na Antártica e aumento na superfície do mar. O planeta Terra é constituído por cerca de 70% de água, ambiente que promove grande parte da fixação de CO2 através da fotossíntese, isso acontece por conta da presença de uma infinidade de espécies de seres fotossintetizantes, como as microalgas. Assim, é imprescindível pesquisar e entender sobre a atividade e presença dos mesmos na região litorânea gaúcha. Este trabalho tem como objetivo inferir o caráter de fixação de CO2 atmosférico das águas estudadas e verificar se apresentam maior ou menor fixação na forma de biomassa, além de comparar métodos de determinação da alcalinidade total e carbono inorgânico dissolvido(DIC). Neste trabalho foram estudadas águas da Lagoa Fortaleza(E3), Estuário de Imbé(E2) e na praia de Imbé(E1), localizadas no litoral norte gaúcho. Para alcançar os objetivos analisou-se pH, condutividade, salinidade, alcalinidade, clorofila e oxigênio dissolvido em cada uma das amostras. Foram feitas duas coletas no inverno de 2023, que apresentaram grandes diferenças entre si, como precipitação semanal média antes da coleta(campanha 1 realizada após ciclone extra tropical com precipitação média de 14,3 mm, e segunda campanha realizada após semana intensa de calor com precipitação média de 0,7 mm), temperatura da água (coleta 1: 14°C e coleta 2: 19,5°C), direção do vento (a primeira coleta teve incidência de vento nordeste, já a segunda coleta de sudeste), entre outros fatores para caracterizar e diferenciar as águas. Além desses fatores, para diferenciar as águas foram levados em conta parâmetros físico-químicos, como salinidade (que na campanha 2 apresentou um valor de 28,13 g/kg na E1, 12,93 g/kg na E2 e 2,02 g/kg na E3), condutividade( que na segunda campanha apresentou 36,91 mS/cma para água do mar, 10,58 mS/cma para a água do estuário e 2,112.10^-2 mS/cma para a lagoa), e oxigênio dissolvido (que na campanha 2 apresentou os seguintes resultados: E1=1,64, E2=5,05, e E3=6,04, em ppm de O2 dissolvido), entre outras análises. Para determinar a alcalinidade foram utilizados três métodos com o intuito de obter resultados confiáveis, como também estabelecer comparativos entre quais métodos são os mais recomendados para estudos ambientais. A partir do pH é possível inferir qual é a espécie de DIC predominante nas águas, na campanha 1 verificou-se que na E1 e E2 é o HCO3-, já na E3 é o CO2; na campanha 2 a espécie predominante na E1 e E2 é o HCO3-, enquanto a E3 apresenta aproximadamente a mesma concentração de HCO3- e CO2.
Palavras-chave: microalgas; fotossíntese; fixação de CO2; biomassa; alcalinidade.
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Parabéns pelo projeto! Eu sou Quimico industrial e trabalho na Braskem e achei incrível
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