Esta pesquisa da área de ciências sociais, cujo tema é o impacto da violência no desenvolvimento infantil encontra-se na fase II de IV. É um estudo de caso do tipo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa, cuja coleta de dados é realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas com profissionais das áreas da assistência social, da educação, do direito e da saúde pública e a análise de dados embasada na legislação vigente e por meio de autores da literatura educacional estudados na fase I. A fase I teve como objetivo mapear na região metropolitana de Porto Alegre a violência causada contra a infância e na revisão bibliográfica sobre o legislação e o desenvolvimento infantil. Com base em uma análise realizada em 2021, pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, e do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (ONDH/MMFDH), foram registradas 50.098 denúncias no primeiro semestre e desse total, 81% dos casos de violência contra a criança ocorrem dentro de casa. Nesta fase II, têm-se como questão norteadora da pesquisa: “Qual o impacto da violência no desenvolvimento social e cognitivo dos estudantes de 1º ao 3º ano do ensino fundamental da EMEB Dr. Liberato Salzano Vieira Da Cunha”? Como hipóteses a essa questão, têm-se que: i) Crianças violentadas tendem a ter mais dificuldade de aprendizado; ii) Crianças que passam por violências praticam mais bullying; iii) As crianças violentadas inclinam-se a ter dificuldade de lidar com sentimentos; iv) Crianças que passam por qualquer tipo de violência apresentam dificuldades nas relações sociais; v) A criança ao sofrer violência demonstra diversos sinais dessa agressão em desenhos, atos, tiques, manias, irritabilidade, comportamento obsessivo e sonolência; e, vi) As famílias tendem a violar os direitos das crianças inconscientemente. Neste sentido e diante deste cenário de violência, o objetivo geral desta investigação é descrever o impacto da violência no desenvolvimento social e cognitivo dos estudantes das classes de alfabetização e como objetivos específicos: i) Descrever as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelas crianças violentadas; ii) Identificar se a prática de Bullying está relacionada à violência sofrida pelas crianças; iii) Descrever as dificuldades enfrentadas pelas crianças que sofrem violência em lidar com emoções e sentimentos; iv) Identificar as dificuldades nas relações sociais; v) Apresentar os direitos da criança; vi) Conscientizar a comunidade escolar para o cumprimento da meta 16.2 dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável “Acabar com abuso, exploração, tráfico e todas as formas de violência e tortura contra crianças”. Além dos objetivos deste estudo, desde já pontua-se que, com isso, tem-se como alguns resultados desta fase: o embasamento da reflexão sobre o impacto que a violência pode causar no desenvolvimento social e cognitivo e a validação de algumas hipóteses como: a dificuldade de lidar com sentimentos, a demonstração de sinais das agressões, a violação dos direitos das crianças e a dificuldade nas relações sociais. Na próxima fase, com previsão de iniciar em março de 2024, pretende-se iniciar os objetos da pesquisa, onde serão desenvolvidas ações perante a comunidade escolar para promover a reflexão e dar visibilidade ao impacto que a violência parental pode causar no desenvolvimento social e cognitivo das crianças em fase de alfabetização; e, na quarta e última fase, no segundo semestre de 2024, o desenvolvimento de um aplicativo que possa auxiliar as famílias e promover uma sociedade com menor índice de violência infantil.