A poluição do ar pode agravar vários problemas de saúde, e já foram publicadas várias pesquisas associando diversos poluentes como MP10, MP2,5, NO2, O3, CO, SO2, entre outros, com doenças respiratórias e cardiovasculares. Além de problemas ligados à saúde humana, a degradação da qualidade do ar vem causando também a deterioração dos ambientes naturais, tais como, as águas superficiais, o solo, a vegetação, a produtividade de colheitas, entre outros. Entretanto, o monitoramento da poluição atmosférica e informações referentes à qualidade do ar ainda são bastante escassos no Brasil, necessitando-se de uma maior quantidade de estações de monitoramento e também da divulgação destes dados de forma acessível a população. O Índice de Qualidade do Ar – IQAr, foi criado visando facilitar a divulgação dos dados de monitoramento da qualidade do ar de curto prazo, tornando mais fácil o entendimento dos resultados pela sociedade. O índice possibilita classificar a qualidade do ar em função da quantidade de poluição observada, em uma escala que vai de boa à péssima. Assim, este trabalho tem como objetivo calcular o Índice de qualidade do ar – IQAr na região de Camboriú/SC, trazendo estes valores para a população local através de publicações em redes sociais, monitorando e relacionando informações sobre a qualidade do ar na região. O monitoramento foi realizado no município de Camboriú e nas cidades limítrofes: Itajaí, Itapema, Tijucas, Balneário Camboriú, Brusque e Canelinha, analisando-se os dados das concentrações dos poluentes MP10, O3, SO2, NO2 e MP2,5 através do site Windy.com e do aplicativo The Weather Channel. Os dados das concentrações foram coletados diariamente, no horário entre 12h00 e 13h00. O cálculo do Índice de Qualidade do Ar (IQAr) foi realizado para os municípios monitorados e seu valor foi divulgado semanalmente na rede social Instagram (@ifc_iqar). Os dados foram coletados e analisados durante os meses de maio a novembro de 2022. As cidades que apresentaram os maiores valores médios de IQAr foram Itapema e Tijucas, 28, indicando maior poluição nestas cidades. Balneário Camboriú, Camboriú, e Itajaí apresentaram o mesmo valor de IQAr, 27. Brusque e Canelinha foram as cidades que apresentaram menores valores de IQAr, 24 e 23, respectivamente, o que indica menor quantidade de poluentes. O principal poluente observado foi o Ozônio de Superfície (O3). O ozônio não é emitido diretamente por fonte de poluentes atmosféricos, mas sua formação é resultado de reações fotoquímicas na atmosfera, na presença de luz solar e dos precursores dióxido de nitrogênio (NO2) e compostos orgânicos voláteis (COVs), assim, levando-se em consideração que os dados foram coletados no horário entre 12h00 e 13h00 (horário de maior incidência solar) é interessante notar que o ozônio formado é um produto secundário, resultante da interação de outros poluentes ambientais. Ainda assim, a qualidade do ar é considerada boa, com médias de IQAr entre 18 a 34, não atingindo portanto o limite máximo de 40. Em relação a divulgação dos valores de IQAr, a página no Instagram teve um total de 9 publicações e atingiu 48 seguidores, demonstrando que as informações alcançaram também a comunidade em geral. Assim, incentiva-se o desenvolvimento de um olhar mais crítico na população visando uma menor emissão de poluentes e melhor qualidade do ar atmosférico em Camboriú e região. De forma geral, os resultados permitiram observar que a qualidade do ar nos municípios da região pode ser considerada boa, não afetando a saúde da população local. Este trabalho trouxe ainda, uma melhor compreensão sobre a poluição do ar, levando informações que podem ser utilizadas pela população e para tomada de decisão com objetivo de reduzir o risco para a saúde humana e o meio ambiente. Palavras-chave: Poluentes atmosféricos; monitoramento; índice; qualidade do ar.