VIABILIDADE DAS SEMENTES DE ORA-PRO-NOBIS COM BASE NO TESTE DE GERMINAÇÃO E ARMAZENAMENTO A ora-pro-nóbis é uma cactácea nativa, que tem se destacado como uma fonte nutricional alternativa por ser uma planta que compõe em suas folhas uma alta concentração de proteínas e sais minerais. É uma planta que demanda baixa tecnologia no seu cultivo, sendo assim uma alternativa de baixo custo para aumentar o valor nutritivo da alimentação humana e animal, uma vez que os componentes agregados à planta, são nutrientes que geralmente encontram-se deficitários na alimentação de grande parte da população de baixa renda. Muitos produtos derivados de suas folhas estão disponíveis para comercialização, principalmente por meio da internet, o que tem despertado interesse na produção de maior escala. Nesse sentido, o conhecimento dos meios de propagação de uma espécie é fundamental para uma exploração mais intensiva. A propagação de ora-pro-nóbis tem sido preferencialmente por via vegetativa, a partir de estaquia. No entanto, a propagação via sexuada, ou seja, por meio de sementes, é uma estratégia importante para a perpetuação e adaptação das espécies vegetais aos diferentes ambientes por meio da variabilidade genética. Além disso, a propagação via sementes é um meio fundamental para a pesquisa na área de melhoramento genético vegetal. Assim, pesquisas que se dediquem a conhecer o comportamento germinativo das sementes se fazem importantes, dado que a seleção de variedades e desenvolvimento de cultivares perpassam pela propagação via sementes. Diante do exposto, pretende-se estudar o potencial germinativo das sementes a partir de metodologias aplicadas ao teste de germinação, e verificar o potencial de armazenamento das sementes de ora-pro-nóbis. Para tanto, foram testados quatro tratamentos combinando duas diferentes formas de acondicionamento das sementes, sendo, entre papel germitest e sobre papel em caixa plástica tipo gerbox, e diferentes condições de luz, regime de fotoperíodo 16h/8h (luz/escuro) e ausência de luz (24 h escuro), na temperatura constante de 30 °C. Para o armazenamento as sementes foram acondicionadas em sacos de papel e mantidas em ambiente refrigerado (± 10 °C), por seis meses, tendo avaliação do potencial germinativo ao longo desse período. Os tratamentos foram realizados em quatro repetições de 25 sementes, e a análise estatística realizada pela ANOVA, e médias comparadas pelo teste de Tukey, 0,05% de probabilidade. Pelos resultados obtidos foi possível identificar como melhor forma de conduzir o teste de germinação acondicionando as sementes entre papel, utilizando regime de luz com fotoperíodo de 16h/8h (luz/escuro) na temperatura constante de 30 °C, onde as plântulas cresceram mais adequadamente e com maior velocidade. O teste de germinação deve ser conduzido com primeira contagem em 7 dias após semeadura e encerrado aos 15 dias. É possível armazenar as sementes em saco de papel em ambiente refrigerado mantendo seu potencial germinativo acima de 60% por seis meses. Palavras – chave: Pereskia aculeata, planta nativa, qualidade de sementes, conservação de sementes.