Resíduos de Serviços de Saúde são aqueles provenientes dos serviços de assistência à saúde humana ou animal, mas podem ser gerados também em domicílio, como por exemplo, durante o tratamento domiciliar com insulina injetável por pessoas com Diabetes mellitus. Esses resíduos enquadram-se na categoria de resíduos infectantes perfurocortantes, e se descartados de forma incorreta, podem gerar diversos prejuízos para o meio ambiente, e para a sociedade. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi avaliar como é realizado o descarte de resíduos de serviços de saúde gerados em domicilio, como resultado da terapia com insulina por portadores de Diabetes mellitus residentes em Vitória da Conquista, Bahia. Este tema é de extrema relevância, pois com o aumento na ocorrência desta doença, e a falta de legislações específicas para a destinação destes materiais produzidos em domicílio, podem haver sérios prejuízos tanto para o meio ambiente, quanto para a sociedade que sofre com os acidentes ocasionados pelos perfurocortantes. Para tal, foi aplicado um questionário para pessoas com Diabetes mellitus de Vitória da Conquista, o qual foi respondido por 33 pessoas. Como resultados, percebeu-se que cerca de metade da amostra realiza o descarte de forma incorreta, no lixo comum, utilizando materiais impróprios para este fim. Além disso, quase metade dos participantes relataram não terem recebido informações sobre o gerenciamento correto desses resíduos, ou terem obtido em fontes diversas que não são as mais apropriadas. Ressalta-se neste trabalho a necessidade de implementação de normas específicas para o gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde domiciliares, bem como a importância do correto manuseio e gerenciamento dos resíduos sólidos para a prevenção e minimização de contaminações e acidentes durante o uso e descarte desse materiais. Além disso, destaca-se a necessidade da implementação e aprimoramento da Educação em Saúde e da Educação Ambiental para os cidadãos do município, o que pode auxiliar na diminuição dos prejuízos sociais e ambientais do descarte incorreto de RSS domiciliares.