O presente projeto envolve as áreas da engenharia mecânica e tecnologia assistiva, tendo como tema o estudo de um mecanismo redutor da velocidade mínima da Portable Treadmill (esteira portátil) para o uso no treino de marcha de pacientes com Paralisia Cerebral (PC). A PC pode ser definida como uma lesão neurológica que causa limitações em atividades, sendo atribuídas a um distúrbio não progressivo que ocorre no desenvolvimento encefálico fetal ou na infância. A desordem motora na PC é frequentemente acompanhada por distúrbios de sensação, percepção, cognição, comunicação e comportamental, por epilepsia (perturbação da atividade das células nervosas no cérebro, causando convulsões) e por problemas musculoesqueléticos secundários (lesões e distúrbios que afetam o movimento do corpo humano ou o sistema musculoesquelético). Portanto, é necessário que os indivíduos com esse distúrbio sejam acompanhados por fisioterapeutas, que utilizam diferentes tratamentos, sendo o treino de marcha um deles. Este pode ser feito no solo ou em uma esteira fisioterapêutica, tendo como objetivo auxiliar o corpo a manter o equilíbrio e desenvolver uma marcha, independente ou com auxílio, de forma eficaz. O principal objetivo da reabilitação é oferecer ao indivíduo a possibilidade de agir de forma independente em suas atividades cotidianas, portanto, deve-se ter em vista a importância da marcha para esse fim. Sabendo que a velocidade mínima da esteira próxima de zero é um fator importante na funcionalidade do treino e o mercado regional carece dessa particularidade, o projeto visa agregar à Portable Treadmill um mecanismo que permita que a mesma tenha uma velocidade mínima reduzida. Para isso, estudou-se sobre distúrbios neurológicos e as suas consequências, Paralisia Cerebral (PC), anormalidades da marcha, fisioterapia, treino da marcha, atuação da esteira no tratamento da PC, esteiras elétricas existentes, funcionamento da parte elétrica da esteira. Além disso, aplicou-se um questionário em 31 fisioterapeutas com o objetivo de constatar a utilização das esteiras no treino de marcha e sua real importância para a fisioterapia. A partir de uma saída de campo à clínica especializada, seguindo todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 e com a autorização dos responsáveis, pode-se visualizar o treino de marcha, em uma esteira elétrica, de um paciente com PC. Após esses procedimentos, realizou-se uma coleta de dados com a esteira PhysicalTec, em que mediu-se o diâmetro das polias. Com isso, a relação entre elas é de 1:5,3. Considerando a velocidade mínima da esteira estudada de 0,3 m/s, pretende diminuí-la para 0,1 m/s. Obteve-se um fator de redução de no mínimo 1:16 e, visto que o motor precisa de uma folga para evitar o superaquecimento, estima-se uma redução de 1:20. Portanto, esse mecanismo é uma primeira ideia para futuros estudos, sendo os diâmetros das polias, sucessivamente, 20, 100, 20 e 80 mm. Palavras – chave: Tecnologia Assistiva. Paralisia Cerebral. Treino de Marcha. Mecanismo.