A nanotecnologia é uma ciência relativamente recente e é uma das precursoras da Quarta Revolução Industrial. Os nanotubos de carbono são componentes muito explorados na nanotecnologia por serem reconhecidos como o material de maior resistência atualmente. Esse material é muito utilizado para a produção de nanocompósitos. Diversos são os meios de se obter um compósito com um dos componentes na escala nano, porém, a diversidade de variáveis para se analisar, torna o acesso à informação difícil e escasso. Por conta disso, viu-se a necessidade de uma revisão bibliográfica sobre a produção desses materiais, envolvendo matrizes poliméricas e nanotubos de carbono. O trabalho buscou reunir os principais métodos, apontando pontos indispensáveis na produção. Ademais, foram exploradas possíveis falhas nas metodologias, que acabaram por prejudicar o resultado final. Este estudo foi baseado em artigos científicos, dissertações e periódicos encontrados nas plataformas ScienceDirect, Scielo e Google Scholar. Os métodos de obtenção de nanocompósitos abordados foram: mistura no estado fundido, mistura por solvente e polimerização in situ. Os polímeros analisados foram o Acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS), o Polietileno de alta densidade (PEAD) e o Polipropileno (PP). As matrizes foram escolhidas devido às suas propriedades mecânicas interessantes e por serem materiais economicamente viáveis. A partir desta revisão bibliográfica, verificou-se a importância do controle de algumas variáveis, como a temperatura e a quantidade de nanomaterial adicionado à matriz. Ademais, foi possível identificar que o maior desafio ao desenvolver nanocompósitos com nanotubos de carbono é evitar a formação de aglomerações e obter uma dispersão efetiva. Também foi verificado que não há um método único efetivo de obtenção. Isso porque cada qual possui suas especificidades, fazendo-se necessário estudar cada matéria prima e suas propriedades, bem como suas interações com os nanotubos de carbono. Os métodos de mistura no estado fundido e polimerização in situ foram aqueles com resultados mais promissores. A polimerização in situ é um método que promove o crescimento do polímero ao redor dos nanotubos de carbono, impedindo a formação de aglomerações que prejudiquem a resistência do polímero. Entretanto é um método pouco presente na literatura devido ao seu custo e complexidade. Já o método de mistura no estado fundido se mostrou prático e eficiente devido a não utilização de solventes, além de não ser necessário o uso de muito maquinário. Apesar disso, como pode ser observado nos artigos explorados, a presença de umidade nas matérias-primas causou aglomerações no método de mistura no estado fundido. Portanto, na ausência da estufa a vácuo para realizar o procedimento de secagem antes de adicionar os componentes na extrusora, é necessário considerar a mistura de solventes. Outro fator significativo na escolha dos métodos de produção dos nanocompósitos é a realização de uma análise de custo-efetividade. Esse fator pode ser identificado, por exemplo, no caso do polietileno: para a obtenção de uma quantidade relativamente pequena de nanocompósito, são necessárias grandes quantidades de solventes. Como projeções futuras, têm-se a necessidade da comprovação prática, produzindo um nanocompósito polimérico levando em consideração todos os aspectos importantes apontados.