A presente pesquisa tem como principal objetivo degradar o fotopolímero pós-curado da resina da impressora 3D de estereolitografia utilizando larvas Galleria mellonella. É necessário levar em conta que a utilização de materiais provenientes de impressoras 3D tende a aumentar consideravelmente e, em aproximadamente sete anos, cerca de 10% de tudo que será produzido no mundo proverá deste tipo de impressão. Considerando, ainda, que o aumento do crescimento populacional e o desenvolvimento tecnológico estão diretamente ligados ao aumento de resíduos sólidos no planeta, em particular aos materiais poliméricos, surge a necessidade de degradar e dar um fim adequado aos resíduos evitando um notório acúmulo ao longo do tempo. Para tanto, serão utilizadas larvas Galleria mellonella, com capacidade estudada em bibliografia de degradar polietileno, para averiguar se esta é capaz de fazer a biodegradação da resina pós-curada da impressora. Para a realização da pesquisa, os testes composicionais foram feitos em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros, localizado em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, e a criação das larvas e degradação do fotopolímero será realizada em parceira com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A análise de dados será feita com base nos testes de determinação da cristalinidade por calorimetria diferencial de varredura (DSC), análise de termogravimetria (TGA) e espectroscopia de reflectância total atenuada (ATR) que também serão aplicados nas fezes da larva após contato com o polímero para avaliar se houve a degradação. Como resultado dos testes composicionais, o ATR apresentou predominantemente absorções características de resina acrílica; no teste de TGA, a perda de massa descrita no teste é relacionada à perda de massa de material orgânico, principalmente polímero. Por fim, no teste de DSC foi observado um evento térmico no aquecimento da amostra, com picos em 125°C (Tpm), característico de fusão, e um evento térmico no resfriamento da amostra, em 112°C (Tpc), característico de cristalização. Com base na análise dos resultados obtidos, é possível inferir que a maior parte da composição do fotopolímero é resina acrílica, amplamente utilizada nas impressoras 3D de estereolitografia. A pesquisa tem como objetivo futuro isolar esta substância para que seja realizada a degradação em escalas industriais. A pesquisa teve início em março de 2020 e ainda está em desenvolvimento devido à pandemia de COVID-19, que comprometeu os testes previstos. Palavras-chave: Fotopolímero. Biodegradação Galleria mellonella. Impressora 3D. Estereolitografia.