Agricultores comuns e/ou trabalhadores rurais (principalmente, aplicadores de agrotóxico) estão em perigo constante pelo fato de manipularem agroquímicos. A fim de evitar acidentes com esse tipo de produto, é fundamental usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI). Um importante meio de comunicação das vestimentas de proteção são os pictogramas exibidos na parte inferir de rótulos e textos-bulas de agrotóxicos. Este trabalho tem por objetivo avaliar se os agricultores comuns e os trabalhadores rurais (particularmente, os aplicadores de agrotóxico) da região de Buritirana-Palmas, no Estado do Tocantins, leem e interpretam os significados dos pictogramas nas bulas e rótulos de agrotóxico. A investigação aconteceu através de entrevistas semiestruturadas, mediada pela aplicação do questionário de pesquisa, a 10 (dez) agricultores/trabalhadores rurais que manuseiam agrotóxico em sua propriedade ou no local de trabalho. Os pressupostos teóricos se relacionam às questões de leitura, escrita e texto. Esta pesquisa se justifica pelo desafio de esclarecer melhor as informações técnicas/científicas aos agricultores comuns e trabalhadores rurais (particularmente, os aplicadores de agrotóxico) que apresentam dificuldades em compreender o significado correto dos pictogramas nas bulas/rótulos de agrotóxico. Os resultados demonstram que os pictogramas de manuseio e de aplicação são difíceis de leitura e interpretação, enquanto os pictogramas de informação foram compreendidos pelos entrevistados. A pesquisa revelou ainda que as orientações do Guia da Anvisa (2018) a respeito da ordenação de vestimenta do EPI se apresentam discordantes com alguns textos-bulas analisados. Há um desafio de comunicação entre os pictogramas e o trabalhador rural que precisa ser superado. Palavras-chave: Bulas/Rótulos de Agrotóxico. Pictograma. Leitura.