A superlotação dos trens, aliada à quantidade limitada de assentos disponíveis, leva os passageiros que não têm prioridade a ocupar os lugares reservados para usuários com deficiência física, idosos, gestantes e outros grupos vulneráveis, ignorando suas necessidades especiais. Esse comportamento desrespeitoso afeta a saúde dos mais de 50 milhões de brasileiros com mobilidade reduzida ou outras limitações (IBGE, 2022), causando estresse, exaustão, tontura, mal-estar, entre outros problemas. Diante dessa realidade, o objetivo principal deste estudo é desenvolver um sistema que monitore o uso dos assentos preferenciais nos trens, garantindo que sejam disponibilizados aos passageiros que de fato necessitam. Para alcançar esse propósito, foi desenvolvido um protótipo que monitora o uso dos assentos prioritários utilizando reconhecimento facial, tecnologia RFID, um conjunto de alertas para incentivar a desocupação dos assentos por aqueles que não têm prioridade e uma página web para o cadastro de ocupantes prioritários. O sistema integra uma câmera que verifica a presença do ocupante e faz a checagem se o mesmo está no banco de dados, módulo MP3 e dispositivo vibracall para emitir alertas audíveis e táteis, assim conscientizando o passageiro não prioritário a ceder o assento ao indivíduo do grupo vulnerável, quando o mesmo passa seu cartão de identificação. Além disso, um display LCD exibe mensagens sobre o status do assento. A distinção entre passageiros prioritários e não prioritários é feita por transponders em cartões RFID. Quando um usuário prioritário passa o cartão no leitor, a câmera verifica o assento. Se estiver disponível, o painel LCD exibe uma mensagem de assento liberado. Se o assento estiver ocupado por um passageiro não reconhecido, o sistema ativa o vibracall e emite um alerta sonoro para conscientizá-lo. Caso o ocupante esteja cadastrado no banco de dados, o painel exibe uma mensagem indicando que o assento já está ocupado por um usuário prioritário. A pesquisa de campo forneceu dados sobre a percepção dos usuários em relação ao respeito aos assentos preferenciais e ao conhecimento da legislação vigente. Os resultados mostraram que, embora a maioria dos passageiros apoie a prioridade para usuários vulneráveis, muitos já presenciaram desrespeito aos assentos preferenciais. Estes dados fundamentam a importância do sistema proposto, que busca promover a conscientização e garantir o uso adequado dos assentos prioritários, além de monitorar o ambiente. O projeto tem grande potencial para tornar o ambiente dos transportes públicos mais seguro, justo e inclusivo. O feedback obtido nas entrevistas com funcionários e passageiros da Trensurb destaca a importância social do sistema, mostrando que ele pode atender às necessidades dos grupos vulneráveis conscientizando os outros usuários e ao mesmo tempo trazer segurança para o ambiente. Palavras-chaves: Superlotação. Assentos Preferenciais. Monitoramento.