O presente trabalho tem como propósito elaborar uma proposta de monitoramento de radiação UVB nas regiões Sul e Sudeste do Brasil como prevenção do câncer de pele a partir da customização do nanossatélite PION CanSat. A razão do desenvolvimento do projeto deve-se ao crescente aumento de casos de câncer de pele no Brasil. Segundo o INCA, espera-se mais de 230 mil casos entre 2023 e 2025, sendo mais de 10 mil desses do tipo melanoma que, quando não detectado precocemente, tem menos de 40% de chance de cura dado altas chances de metástase. Esse possui a radiação UVB como um dos principais fatores de risco e, ao utilizar um nanossatélite, há uma maneira inovadora e eficiente de obter dados precisos e em tempo real, possibilitando ações preventivas mais eficazes e impactar positivamente a saúde pública, reduzindo as taxas de morbidade e mortalidade associadas a essa doença. O objetivo da pesquisa é monitorar o índice de incidência de radiação UVB na atmosfera terrestre na região sul/sudeste do Brasil utilizando um nanossatélite PION CanSat acoplado de um sensor Ultravioleta como estratégia de prevenção do câncer de pele. Para alcançar o objetivo proposto, será cumprido o caráter bibliográfico, experimental, qualitativo e quantitativo da pesquisa por meio da metodologia estruturada nos seguintes passos: (i) pesquisa bibliográfica sobre os diferentes tipos de câncer de pele, com foco particular no melanoma e sua correlação com a exposição à radiação UVB, tipos de sensores de radiação UVB e projetos de monitoramento já desenvolvidos; (ii) instalação do sensor UVB e programação no nanossatélite; (iii) testes pré-lançamento na superfície terrestre para garantir o funcionamento correto do satélite e do sensor UVB; (iv) verificar possibilidades e locais nas regiões Sul/Sudeste do Brasil para realizar o lançamento do nanossatélite na atmosfera terrestre para coleta de dados; (v) análise dos dados coletados durante a órbita a partir da elaboração de gráficos e mapas geoespaciais; (vi) sugestões de soluções para reduzir os efeitos da radiação UVB a partir de campanhas de divulgação, informando sobre formas de proteção, como o uso de protetor solar, roupas adequadas e chapéus. Os testes iniciais com o protótipo de nanossatélite demonstram a viabilidade do projeto, com a coleta bem-sucedida de dados a partir dos sensores já disponíveis no nanossatélite, como luminosidade, temperatura, pressão, umidade e gás carbônico. O Sensor de Raio Ultravioleta UVM-30A foi escolhido devido à sua capacidade de medir os índices de UVB na atmosfera, além de sua eficácia comprovada em projetos de monitoramento ambiental. Ademais, as informações coletadas a partir de artigos científicos reforçam a relação entre a radiação UVB e o desenvolvimento de melanoma na região sul/sudeste do Brasil. Os próximos passos incluem a instalação do sensor selecionado no nanossatélite e o lançamento deste para a coleta de dados na atmosfera terrestre. A expectativa é de que se possa elaborar um sistema totalmente operacional, capaz de fornecer informações em tempo real sobre a radiação UVB, além de fornecer sugestões de soluções para reduzir os efeitos da radiação UVB na população a partir de campanhas de divulgação, informando sobre formas de proteção, como o uso de protetor solar, roupas adequadas e chapéus, contribuindo assim para a prevenção do câncer de pele e a preservação da saúde da população. Palavras-chave: Nanossatélite, Câncer de pele, Radiação UVB