O Brasil é um dos maiores consumidores de cosméticos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, o Reino Unido e a China. A indústria de cosméticos e perfumaria movimenta milhões de dólares anualmente. Porém, a indústria de perfumes causa preocupação quando o assunto é meio-ambiente e toxicidade, visto que a maior parte dessas indústrias utiliza POPs (Poluentes orgânicos Persistentes). Esses compostos são muito resistentes à degradação, permanecendo no ambiente e se acumulando no organismo humano. Muitas fragrâncias sintéticas são feitas de alcatrão, carvão ou petróleo, o que influencia no agravamento do efeito estufa. Além de tudo isso, esses componentes químicos podem causar alergias e irritações na pele e nos olhos, dores de cabeça, dificuldade respiratória e até câncer de pulmão. Um estudo mostrou que cerca de 35% das pessoas expostas a perfumes sintéticos apresentaram alguma intolerância ou reação alérgica. Algumas indústrias também utilizam animais como “cobaias” para testagem de perfumes. A ONG “Defesa dos Animais” divulgou um estudo que mostra que muitos dos ingredientes utilizados podem atuar como neurotoxinas, ou seja, causando prejuízos ao sistema nervoso e o cérebro. Esses dados demonstram a necessidade de buscar métodos alternativos de fabricação para um dos produtos principais da indústria de cosméticos. Mais que a embalagem, é preciso entender se é possível o desenvolvimento do perfume em si de maneira sustentável. O projeto aqui apresentado, assim, propôs-se a investigar esse tema. Ao longo do documento aqui apresentado, será descrito como os componentes do grupo buscaram métodos alternativos, e sustentáveis, para a fabricação de perfumes. O projeto dividiu-se em dois momentos principais: no primeiro, foi feita a pesquisa bibliográfica sobre o tema, entendendo o que já existe no mercado e em outras pesquisas, assim como o processo de produção dos perfumes em si; já no segundo momento, adotou-se uma abordagem prática, fazendo uma verificação empírica dos métodos de fabricação pesquisado. Finalizadas essas duas etapas, foi feita uma análise dos resultados. O grupo, assim, pôde checar a conclusões não apenas sobre a viabilidade da fabricação de perfumes apenas com o uso de materiais sustentáveis, como também pôde concluir acerca de sua usabilidade prática.