O presente projeto de pesquisa aborda uma temática delicada e tratada, muitas vezes, como algo íntimo e pessoal. Por mais que saibamos que todos estamos vulneráveis a perder algum familiar e amigo próximo, pouco falamos sobre esse assunto. Diante da relevância do tema -Saúde Mental- e do olhar micro para a nossa realidade -comunidade de Feliz-, esta pesquisa teve como objetivo compreender como os adultos felizenses lidam com a dor de perder alguém e analisar a relação disso com a saúde mental. Para tanto, utilizou-se diferentes metodologias, sendo elas: 1) Aprofundamento teórico sobre o tema; 2) Conversa com profissional da área da saúde; 3) Conversa-relato de um adulto que vivenciou perdas; 4) Entrevistas estruturadas; 5) Mapa mental sistematizando os resultados; 6) Cards de conscientização sobre Saúde Mental. 7) Escrita de um relatório final sobre as aprendizagens. Com as metodologias 1 e 2, aprendemos, com a psicóloga Joice Seidl, que precisamos falar sobre as nossas perdas, para aprender a lidar com elas. Além disso, que o processo de luto está conectado à perda, portanto, é algo complexo e cada um vivencia-o de uma maneira diferente. De acordo com Mendlowicz (2000), “todo esse processo envolve sofrimento, dor, e é feito muito lentamente, pedaço por pedaço”. Com a metodologia 3, pudemos nos aproximar das perdas vivenciadas por uma munícipe e confirmar que o luto é algo único e cada dor da perda é diferente. Através da metodologia 4, observamos que a maioria dos entrevistados perdeu algum ente querido e que se sentiam melhores ao chorar e desabafar com alguém. As perdas geraram um grande sofrimento e, a maioria, buscou ajuda de familiares e amigos para enfrentar e superar esses momentos. Os resultados demonstram que mais da metade não pensa que as perdas interferem na sua saúde mental. Este dado reflete a importância de tratarmos cada vez mais deste tema, afinal, mesmo que a maioria dos entrevistados encare a morte como uma etapa do ciclo da vida, muitos ainda a encaram com medo, o que reflete que não estão preparados para lidar com ela. Os cards desenvolvidos serviram como material de conscientização durante a MECFeliz (1ª Mostra Municipal de Educação Científica), momento no qual divulgamos a pesquisa.