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O projeto “Cor de Pele: A diversidade percebida nos diferentes tons” é uma pesquisa realizada por um grupo de estudantes da turma 201 da Escola Municipal de Ensino Fundamental 1º de Maio, de Flores da Cunha, orientados pela professora Arlete Zanfonato Guarese e coorientados pela professora Silvana Leandra Deon Rigo. O projeto teve início após uma atividade de sala de aula, na qual surgiu o problema de pesquisa: “Quais são os lápis que representam a cor de pele em uma caixa de lápis de cor?” A partir desse questionamento, muitas hipóteses surgiram. Entre respostas positivas e negativas, o assunto passou a ser investigado, trazendo à tona questões de diversidade cultural, étnica e racial e temas integradores, tão importantes e que devem ser discutidos. Este tema também possibilita uma reflexão acerca das relações interpessoais, a fim de buscar uma consciência social. Com o objetivo de identificar quais lápis representam a cor de pele em uma caixa de lápis de cor, este projeto busca ainda compreender que cada pessoa tem um tom de pele e todos precisam ser respeitados. Para isso, foram realizadas atividades a fim de desenvolver os objetivos propostos. Primeiramente, a equipe de pesquisa convidou uma bióloga para palestrar à turma, que, através de um microscópio, fez todos refletirem sobre os diferentes tons de pele. Depois dessa atividade, o grupo dedicou-se à leitura de títulos da literatura infantil que tratam do tema, como “As cores de Corina” e “A cor de Coraline”. As leituras levaram à discussão doenças que mudam a cor da pele, como, por exemplo, o vitiligo. Obras literárias, obras de arte e brincadeiras também fizeram parte da investigação. Dados do IBGE foram analisados, assim como foi realizado um questionário com as famílias para descobrir como elas se autodeclaram com relação à cor. Além disso, foram realizados experimentos que representaram as diversas cores de pele. A partir disso, surgiu o assunto racismo, que possibilitou uma reflexão acerca da consciência e do respeito entre as pessoas. Os resultados da pesquisa foram apresentados na Mostra Científico-Cultural da escola e também na Etapa Municipal de Flores da Cunha. Foi então que surgiu a necessidade de ampliar e dar continuidade à pesquisa. A obra “O Lápis Cor da Pele do Menino Marrom”, de Ana Paula Marini, possibilitou muitas reflexões, e que também foram apresentadas na Mostra Literária da escola. Tendo em vista a dimensão do projeto, o tema foi levado ao Desfile Cívico, no qual um painel representando a diversidade de tons de pele existente em nossa escola foi apresentado à comunidade florense. Por fim, foi possível concluir que, se na caixinha de lápis de cor não há cores para todos, é possível usar a criatividade para representar cada um. Vale ressaltar que não importa a cor de pele, todos devem ser respeitados.